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Estudo alerta que sete cidades brasileiras podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar até 2050 

Rio de Janeiro e Santos são algumas das cidades que correm o risco de ficarem submersas.
Rio de Janeiro, Santos e outras cidades podem ficar submersas até o fim do século, aponta estudo. — Imagem: Ken Venn/Revelator
Rio de Janeiro, Santos e outras cidades podem ficar submersas até o fim do século, aponta estudo. — Imagem: Ken Venn/Revelator

O estudo realizado pelo Climate Central, uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, mostra que o Rio de Janeiro terá cerca de 100 quilômetros quadrados de área debaixo d’água até 2050, se as emissões de gases estufa continuarem no ritmo atual. Isso representa cerca de 2% da área total da cidade. As áreas mais afetadas serão as áreas baixas, como a zona portuária, a Barra da Tijuca e a Ilha do Governador.

Rio de Janeiro terá cerca de 100 quilômetros quadrados de área debaixo d’água até 2050, aponta estudo. — Imagem: Climate Central

Santos, no litoral sul do Estado de São Paulo, também será afetada pelo aumento do nível do mar. O estudo estima que cerca de 50 quilômetros quadrados da cidade estarão cobertos por água até 2050. Isso representa cerca de 10% da área total da cidade. As áreas mais afetadas serão as áreas baixas, como o centro da cidade, o bairro do Gonzaga e a Ilha de São Vicente.

O estudo também estima que o aumento do nível do mar terá um impacto importante na população dessas cidades. Cerca de 1 milhão de pessoas no Rio de Janeiro e cerca de 200 mil pessoas em Santos.

Os dados também incluem Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e São Luís como cidades ameaçadas pelas inundações costeiras.

Especialistas explicam que para que o impacto real do aumento do nível do mar não ocorra, como mostra o estudo, uma série de iniciativas, incluindo a redução de emissões de gases estufa e medidas mais eficientes das cidades para se adaptar às mudanças climáticas, devem ser tomadas.

A pesquisa foi publicada em 2022, mas os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 28, e usou dados de satélites, modelos climáticos e dados de altura do terreno para projetar o aumento do nível do mar em várias cidades do Brasil e do mundo. 

Ondas de Calor

2023 caminha para o seu encerramento com alguns dados alarmantes em relação às mudanças climáticas e suas consequências.

Gráfico mostra aquecimento do planeta nos últimos 60 anos. — Imagem: NASA
Gráfico mostra aquecimento do planeta nos últimos 60 anos. — Imagem: NASA

O Copernicus, programa europeu de Observação da Terra, apresentou alguns dados preocupantes:

A temperatura média global em 2023 foi de 15,38°C, a mais alta já registrada. Isso é 1,43°C acima da média pré-industrial.

O verão no Hemisfério Norte, entre junho e agosto, foi o mais quente já apontado. A temperatura média global foi de 17,2°C, o que é 1,69°C acima da média pré-industrial.

Seguido de cinco recordes mensais, o mês de outubro foi o mais quente na história. A temperatura média global foi de 15,67°C, o que é 1,53°C acima da média pré-industrial.

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