A mobilidade urbana no Brasil é um desafio diário para milhões de cidadãos. Os dados mais recentes apresentam um cenário amplo sobre o tempo de deslocamento, custo do transporte, modalidades utilizadas e os desafios enfrentados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em São Paulo, em média, as pessoas gastam 1 hora e 20 minutos em seus deslocamentos diários, chegando a 2 horas e 31 minutos para os usuários do transporte público, de acordo com a Pesquisa Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana, de 2020.
A Pesquisa Nacional de Saúde mostra que o transporte público é a escolha de 67% dos brasileiros, enquanto 21% utilizam carros particulares e 10% optam por motos.
Para muitos, a falta de integração entre modos de transporte, saturação viária, falta de investimentos e má qualidade do transporte público são os principais desafios enfrentados no dia a dia.
Outro assunto recorrente relacionado ao futuro é a quantidade de carros nas ruas. São Paulo, por exemplo, possui a maior frota do Brasil, com mais de 8 milhões de carros e 2 milhões de motos, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Quanto maior o número de veículos nas ruas, maiores são os índices de poluição. Além disso, os paulistanos enfrentam em média 2 horas e 30 minutos por dia no trânsito.
Mesmo com uma rede diversificada, a qualidade do transporte público em São Paulo é criticada por muitos.
A segunda cidade mais populosa do país, o Rio de Janeiro, enfrenta desafios semelhantes em relação à qualidade do transporte público. Como a necessidade de um bilhete único que possibilite a integração entre metrô, trens e ônibus da cidade.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca a necessidade de R$ 295 bilhões em investimentos até 2042 para modernizar a mobilidade urbana nas principais regiões metropolitanas do Brasil. O estudo visa alcançar um padrão de excelência, com reserva de recursos para expansão de linhas de metrô, integração de modais e promoção da mobilidade ativa.
Algumas pontos enfatizados pela pesquisa:
– Redução do tempo de deslocamento.
– Melhoria da qualidade de vida.
– Estímulo à economia.
– Redução da emissão de gases poluentes.
Este panorama mostra que, embora os desafios persistam, o Brasil busca, mesmo que lentamente, soluções para proporcionar uma mobilidade mais eficiente e sustentável, contando com a participação ativa da sociedade e investimentos significativos nos próximos anos.