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Nova lei exige análise de mobilidade urbana em projetos de construção

A Lei 14.849/24 obriga estudos de mobilidade urbana em projetos de grande impacto, promovendo um desenvolvimento urbano mais equilibrado e menos congestionamento.
Nova lei exige uma análise de mobilidade urbana como parte dos EIVs. — Imagem: Getty Imagens.
Nova lei exige uma análise de mobilidade urbana como parte dos EIVs. — Imagem: Getty Imagens.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.849/24, que exige uma análise de mobilidade urbana como parte do estudo prévio de impacto de ambiente. Esse estudo é necessário para financiar a construção de empreendimentos que possam ter grande impacto em áreas vizinhas, como prédios, shoppings ou grandes obras. A nova lei, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (3), foi aprovada sem vetos e entra em vigor imediatamente.

Com a exigência de incluir a análise de mobilidade urbana no Estudo de Impacto de Vizinhança (EVI), as cidades brasileiras devem tornar-se mais planejadas e sustentáveis. Essa medida será útil para reduzir congestionamentos, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e promover um desenvolvimento urbano mais equilibrado.

Antes, o EIV avaliava questões como adensamento populacional, uso e ocupação do solo e geração de tráfego. Agora, a mobilidade urbana também deve ser considerada, analisando aspectos como:

  • Transporte público na região.
  • Capacidade do sistema viário local.
  • Impacto do empreendimento no fluxo de veículos e pedestres.
  • Medidas para diminuir efeitos negativos.

Além disso, o processo de licenciamento terá mais exatidão, permitindo que órgãos competentes reavaliem projetos que possam trazer impactos negativos ao tráfego e à mobilidade.

A exigência de análise da mobilidade urbana deve trazer benefícios, como a redução do congestionamento, melhora do transporte público, incentivo para a criação de ciclovias, calçadas e faixas exclusivas para ônibus.

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