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Ondas de calor acendem alerta sobre mudanças climáticas e danos à saúde

"Grande perigo”: temperaturas podem chegar até 5ºC acima da média, aponta o INMET.
"Grande perigo”: temperaturas podem chegar até 5ºC acima da média, aponta o INMET. Imagem: Canva.

No último dia 20, sexta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “grande perigo” devido ao risco à saúde provocado por temperaturas que podem atingir até 5ºC acima da média em vários estados do país. 

As altas temperaturas criam um cenário perigoso, especialmente para grupos mais sensíveis, como idosos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Além disso, podem influenciar no nascimento de bebês prematuros.

As aulas de biologia ensinam que o corpo humano é sensível à temperatura externa. Portanto, em dias muito quentes, o corpo tenta atingir a temperatura ideal para a realização de suas atividades. A dilatação das artérias dissipa o calor, mas esse processo pode ser perigoso, principalmente em pessoas com problemas cardíacos.

Redobrar os cuidados para evitar o mal-estar em dias muito quentes é fundamental. Consumir bastante água, evitar atividades físicas, especialmente aquelas ao ar livre, e não se expor ao sol nas horas mais quentes do dia são algumas dicas.

Os cientistas explicam que o El Niño tem alguma influência nas mudanças climáticas, mas não é o fator principal, uma vez que se trata de um fenômeno natural. Diferentemente do aquecimento global, que tem acentuado a ocorrência de desastres naturais.

Somente no mês passado, setembro, a cidade de São Paulo bateu recordes de temperatura, chegando perto dos 37ºC. Um ciclone extratropical atingiu o Sul do país, deixando mortos e desaparecidos. No Norte, uma seca sem precedentes na Amazônia, causando perdas aos habitantes, mortes de animais e desabastecimento das cidades.

Além das ondas de calor que o país vem enfrentando ao longo do ano, outro ponto preocupante é o excesso de chuva. Em São Paulo, por exemplo, este é o segundo outubro mais chuvoso desde o início da série histórica em 1995, sendo superado apenas por 2001. Até o momento, foram registrados 200,6mm, o que representa 86,1% a mais do que os 107,8mm previstos para o mês.

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