Às 15h42 da última sexta-feira (3), a cidade de São Paulo entrou em estado de alerta pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) para ventos de até 100km/h na região do Aeroporto de Congonhas. Quase duas horas depois, às 17h20, o fim do estado de alerta na capital foi informado.
Os ventos chegaram a 103,7 km/h, os mais fortes já registrados pela CGE desde 1995, quando foi criado. Os vestígios das fortes tempestades que atingiram a capital paulista reverberam até esta segunda-feira (6), quando ainda há muitas árvores caídas pela cidade, e milhares continuam sem serviços básicos em suas residências. Para os especialistas, o motivo que leva à queda de tantas árvores não é apenas as mudanças climáticas, o cenário se soma a ações que vão desde a falta de planejamento à má manutenção. Veja os principais motivos:
- Calçadas estreitas para árvores grandes;
- Árvores com cupins ou fungos;
- Podas mal realizadas;
- Falta de acompanhamento da flora da cidade;
- Ventos e chuvas fortes.
No último balanço da Prefeitura sobre os efeitos das fortes chuvas da semana passada, ao todo foram 213 quedas de árvores, sendo 78 na Zona Leste, 16 na Zona Norte, 83 na Zona Sul e 36 na Zona Oeste. A empresa Urbia, que administra o Parque Ibirapuera, na Vila Mariana, contabilizou 128 quedas de árvores.
Especialistas enfatizam que não é necessário remover as árvores grandes, pois elas são essenciais para a qualidade do ar e para a saúde da população. A solução passa pelo cuidado eficiente dessas árvores. Uma das técnicas utilizadas por quem entende do assunto é podar a copa de forma que ela deixe o vento fluir.
A solicitação de poda de árvores na cidade de São Paulo pode ser feita pelo portal da Prefeitura, no número 156 ou pelo aplicativo 156.