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Bebida x Direção: levantamento da Zapay mostra que multas por condução sob efeito de álcool aumentaram 35%

No aniversário de 16 anos da Lei Seca, altos índices mostram que ações de conscientização seguem necessárias para alertar os motoristas brasileiros sobre os riscos de combinar bebidas alcoólicas e direção
Zapay, imagem de ilustração
Imagem de: Pixabay

A Zapay, fintech especializada em facilitar a vida dos proprietários de veículos e que recentemente passou a fazer parte do Sem Parar, ecossistema de mobilidade do grupo norte-americano Corpay, fez um levantamento interno para avaliar o volume de multas por dirigir embriagado junto a sua base de usuários. Ao consultar seu banco de dados entre os meses de janeiro e maio deste ano, a fintech constatou que o recebimento de multas por condução sob efeito de álcool aumentou 35,29%, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

A Lei Seca que hoje, 19 de junho, completa 16 anos no Brasil, estabelece que motoristas flagrados dirigindo nessas condições podem receber multas que ultrapassam os R$ 19 mil. Considerada uma das infrações mais graves do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), além da multa, o condutor pode ser suspenso de dirigir, ter seu veículo retido e até mesmo ser preso.

Em vigência desde 2008, a lei 11.705 zerou a tolerância que, até aquele momento, não previa punição para quem dirigisse após o consumo de pequenas quantidades de álcool. A mudança reforçou a fiscalização e também ajudou a reduzir o número de acidentes provocados por condutores embriagados, no entanto, este ainda segue sendo um grande desafio, visto que a mortalidade no trânsito brasileiro vem crescendo constantemente nos últimos cinco anos, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mantido pelo Ministério da Saúde.

Em junho de 2023, por exemplo, um dossiê do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) já chamava atenção para os altos índices de acidentes fatais causados por embriaguez no trânsito, bem como o aumento no número de hospitalizações causadas por álcool e direção, que apontaram à época um crescimento de 34% no Brasil. A Polícia Rodoviária Federal também divulgou indicadores preocupantes, dando conta de que a ingestão de álcool pelo condutor foi a causa principal de 3.911 sinistros ocorridos em rodovias federais, resultando em 206 óbitos e 846 vítimas com ferimentos graves no ano passado.

Tais indicadores mostram que ações e campanhas seguem necessárias para alertar os condutores brasileiros sobre os perigos da bebida alcoólica, especialmente quando combinada com o ato de dirigir. O mês de junho, por exemplo, é marcado pela campanha da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), que busca justamente promover conscientização entre motoristas e reduzir os índices de acidentes fatais e também de feridos em acidentes causados pela ingestão de álcool.

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